Os professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) encerraram uma greve que durou dois meses, permitindo o retorno das atividades acadêmicas na próxima segunda-feira (1º) em todos os campi da instituição em Boa Vista. A decisão foi tomada em uma assembleia da Seção Sindical dos Docentes da UFRR (SESDU) realizada na última quinta-feira (26). Durante os 69 dias de greve, os docentes reivindicaram a recomposição do orçamento da universidade e o reajuste salarial dos professores.
A UFRR ainda não tem previsão para um novo calendário acadêmico. O assunto será discutido pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). O vice-reitor, Silvestre Lopes, em entrevista à Rede Amazônica, destacou que a administração contabilizará os dias de greve para propor um novo calendário que será submetido à aprovação do Conselho Universitário.
“A Administração será informada sobre o dia do retorno para que a Pró-Reitoria de Ensino e Educação possa contabilizar quantos dias estivemos em greve, para serem repostos no nosso calendário. A partir daí, discutiremos uma proposta final que será levada ao Conselho Universitário para aprovação e reorganização do nosso calendário acadêmico”, explicou o vice-reitor.
IFRR Também Encerra Greve
No Instituto Federal de Roraima (IFRR), a greve foi encerrada antes, após 57 dias de paralisação. As aulas foram retomadas no dia 19 de junho em todos os campi que aderiram ao movimento grevista. A gestão do IFRR planejou um calendário de reposição com aulas aos sábados, que ainda precisa ser finalizado e aprovado pelo Conselho Superior do IFRR (Consup).
Entre os dias 12 e 10 de junho, foram realizadas reuniões com o grupo gestor de ensino, composto por departamentos e coordenações de cursos, para avaliar o retorno das aulas. Além disso, reuniões foram realizadas com os pais dos alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio para explicar a situação do novo calendário de aulas.
A retomada das atividades acadêmicas nas duas instituições marca o fim de um período de reivindicações e o início de uma nova fase de planejamento e organização para minimizar os impactos causados pelas greves.
